quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Depois de ti ...




Abandona de novo o corpo,
Que depois de ti já nada é ...
E do jeito que te quer,
Do jeito que sempre te quis,
Hoje e sempre ...
Abandona-o devagarinho, quase sem por isso dar ...
Como tantas outras noites,
Em que tudo era nada,
Em que nada era tudo,
E o meu Mundo ...
O meu Mundo eras tu.
Sai devagar, sem nada dizer,
Pois me perco assim no repouso,
Que o teu corpo ofereceu ao meu,
Como em tantas outras noites,
Já cansado adormeceu.

Ana Cardoso