terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Conta-me ...



Conta-me o segredo ...
Como é que eu faço? Para sem medo estar ao pé de ti ...
Conta-me como não penso, que um dia vem e te vais,
E para trás ficam dois corações, duas mãos dadas e duas ilusões...
Conta-me...
Preciso saber...
Não quero ser apanhada de surpresa, sem ter a certeza,
Que te vais por não me amares,
Que seja outro o motivo...
Que seja outra a razão da minha dor.
Quero que me digas, cada dia que passa,
Que não há segundo, nem minuto, que não penses em mim,
Em ti, em nós...
Quero que me digas, que se um dia te fores,
A razão essa, não será a falta de Amor.

Ana Cardoso

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Depois de ti ...




Abandona de novo o corpo,
Que depois de ti já nada é ...
E do jeito que te quer,
Do jeito que sempre te quis,
Hoje e sempre ...
Abandona-o devagarinho, quase sem por isso dar ...
Como tantas outras noites,
Em que tudo era nada,
Em que nada era tudo,
E o meu Mundo ...
O meu Mundo eras tu.
Sai devagar, sem nada dizer,
Pois me perco assim no repouso,
Que o teu corpo ofereceu ao meu,
Como em tantas outras noites,
Já cansado adormeceu.

Ana Cardoso